Telmário Mota, 65 anos, também é acusado pela filha de tentativa de estupro
Formado em Economia pela Universidade Católica de Salvador, Telmário foi assessor técnico da Corregedoria-Geral do Tribunal de Contas do Estado de Roraima (TCE-RR) e entrou para a política por meio de movimentos sociais, em 1990. Conseguiu ser eleito vereador de Boa Vista em 2005, ano em que assumiu o cargo de primeiro suplente. Três anos depois, foi o terceiro vereador mais votado da capital de Roraima.
A primeira tentativa para chegar ao Senado ocorreu nas eleições de 2010, quando Telmário teve 54 mil votos e não conseguiu. Quatro anos depois, foi o deputado federal mais votado da história do estado, com 96.888 votos.
Telmário foi senador entre 2015 e 2022. Ele tentou a recondução ao cargo no ano passado, mas obteve 19 mil votos e terminou em terceiro lugar na disputa em Roraima, atrás de Hiran Golçalves (PP) e Romero Jucá (MDB).
Telmário já foi filiado ao Solidariedade, PSDC (1996-2005), PDT (2005-2017), PTB (2017-2019) e PROS (2019-2023).
O ex-senador também era aliado de ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Mas, durante o processo de impeachment, mudou de lado e votou contra a petista.
Nas eleições de 2018, Telmário Mota, que era filiado ao PTB, deixou o partido após a sigla declarar apoio a Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno. Quatro anos depois, mudou de posição e declarou apoio ao ex-presidente. “Temos trabalhado sempre na base do presidente Jair Bolsonaro. Telmário é Bolsonaro”, afirmou em um vídeo divulgado antes do pleito.
Morte e estupro
Além da suspeita de encomendar a morte de Antônia, a filha, de 17 anos, acusa o próprio pai de tentativa de estupro, em 2022. Conforme a filha, Telmário tentou tirar a roupa dela em um passeio no dia dos pais. Quando o caso veio a público, ele negou as acusações e disse ser vítima de perseguição de adversários políticos.
Antônia foi morta com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro de 2022, no bairro Senador Hélio Campos, na zona Oeste de Boa Vista-RR, por dois homens em uma moto. Ela foi abordada quando saía de casa para trabalhar. Um deles perguntou seu nome e, ao confirmar a identidade, atirou.