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Arnaldo Jabor morre após AVC; hipertensão é o principal fator de risco

Imagem: Reprodução

Publicado em [15/02/2022 as 18:02]

O cineasta, escritor, jornalista e analista político Arnaldo Jabor, 81, morreu nesta terça-feira (15), após sofrer complicações de um AVC isquêmico. Ele estava internado no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, desde o dia 16 de dezembro.

O AVC (Acidente Vascular Cerebral), de forma geral, é a morte de células do cérebro, que acontece pela interrupção do fluxo sanguíneo no órgão. O chamado AVC isquêmico é o mais comum e corresponde entre 80% e 85% dos casos.

Ele ocorre quando há o entupimento de um vaso sanguíneo, devido ao acúmulo de placas de gordura em suas paredes. Ou então quando um coágulo migra para um vaso sanguíneo cerebral e limita o fluxo de sangue, o que vai “matando” as células que não recebem nutrição.

Alguns fatores de risco podem ser modificáveis ao longo da vida, como pressão altadiabetescolesterol alto, tabagismo, uso de drogas, obesidade, sedentarismo e estresse. Mas outros não há como ter controle, como idade (o problema é mais comum em idosos) e gênero (a doença acomete mais homens).

Além disso, fatores genéticos aumentam o risco de AVC, e nesse caso é importante ficar alerta tanto para o histórico familiar de derrame como de outras doenças que elevam seus riscos.

Feres Chaddad, professor de neurocirurgia da Unifesp e chefe da neurocirurgia da BP (A Beneficência Portuguesa de São Paulo), afirma que, entre todos, o principal fator de risco para o AVC é a hipertensão arterial.

“E quanto mais idoso for o paciente, maior é o risco devido ao envelhecimento cerebral e da degeneração das artérias, que faz parte do processo natural do corpo”, diz.

O especialista ressalta, ainda, que as consequências de um AVC também podem ser piores em uma pessoa acima dos 60 anos.

Já os sintomas são iguais para homens e mulheres: alterações motoras súbitas, como fraqueza muscular, incoordenação ou incapacidade de movimentar uma parte do corpo —geralmente braço e perna de um lado só do corpo—, e dormência na face, braço ou perna estão entre os sinais mais marcantes da doença.

O paciente ainda pode apresentar dificuldade na fala, conversando de forma devagar e confusa. Alterações sensitivas, como cegueira, mudanças nos níveis de consciência, sonolência e confusão mental também aparecem. São registradas ainda queixas de dor de cabeça repentina, aumento de pressão intracraniana, náuseas e vômitos.

Emergência médica: tempo é crucial

Assim que o AVC ocorre é preciso correr para o hospital. “Tempo é fundamental, quanto mais rápido o atendimento, agilidade e eficiência na admissão e execução dos exames, mais cérebros conseguimos salvar e proteger”, disse Fabiano Ruoso, neurocirurgião do ICC (Instituto do Cérebro e Coluna Vertebral) de Gramado (RS).

Em caso de AVC isquêmico, é importante devolver o fluxo de sangue para a região afetada, tentando salvar cada vez mais tecido cerebral. Se o vaso sanguíneo estiver entupido com um coágulo, também pode ser indicado fazer uma trombectomia, quando o médico consegue aspirar esse coágulo e liberar a passagem de sangue.

Após o atendimento inicial, os pacientes precisam ser avaliados individualmente para saber quais áreas do organismo foram afetadas e encontrar os melhores caminhos de reabilitação.

*Com informações Uol

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