Ato na Paulista: Bolsonaro fala sobre esperança e nega tentativa de golpe: ‘tenham a santa paciência’

Durante fala na manifestação, o ex-presidente rebateu acusações de golpe de Estado e de decreto de Estado de Sítio

Ex-presidente negou a intenção de realizar golpe de Estado ou de declarar Estado de Sítio

O ex-presidente Jair Bolsonaro, durante seu discurso na manifestação no centro de São Paulo, negou qualquer tentativa de golpe e rebateu as acusações da operação Tempus Veritatis da Polícia Federal e da Procuradoria Geral da República. A operação foi deflagrada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Durante seu discurso, Bolsonaro agradeceu a participação dos apoiadores.

“Golpe é tanque na rua, nada disso foi feito no Brasil”, afirmou o ex-presidente. Bolsonaro mencionou que a minuta de decreto de Estado de Defesa utilizada como base da acusação contra Bolsonaro. “Golpe usando a Constituição? Tenha santa paciência!”, afirmou.

Bolsonaro ainda defendeu a criação de um projeto de anistia para contemplar os acusados de participar dos atos realizados no dia 8 de janeiro de 2023.

“Nós já anistiamos no passado quem fez barbaridades no Brasil. Agora nós pedidos a todos os 513 deputados e 81 senadores um projeto de anistia para que seja feita justiça no Brasil”, afirmou Bolsonaro.

O discurso de Bolsonaro ressaltou que busca por “pacificação”.

“O que eu busco é a pacificação, é passar uma borracha no passado. É buscar uma maneira de nós vivermos em paz. É não continuarmos sobressaltados. É por parte do parlamento brasileiro, Nikolas, Gayer, Zucco, Feliciano, meus colegas aqui do lado, é uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos que seus filhos sejam órfãos de pais vivos”, afirmou.

A fala do ex-presidente, que não seguiu um roteiro, destacou indignação de Bolsonaro pela acusação de que teria planejado decretar Estado de Sítio e de que para isso, seria necessário que ele tivesse convocado os conselhos de Defesa e da República.

Durante discurso, Bolsonaro também mencionou a quantidade de pessoas presentes na manifestação. “Como existe um presidente sem povo ao seu lado”, afirmou em referência ao presidente Lula (PT).

Bolsonaro fala em ‘perseguição’

O ex-presidente afirmou que se sente em “perseguição” e que tem levado “pancadas”. Bolsonaro, que também teceu críticas a imprensa, discursou afirmando que o Brasil não pode tolerar o socialismo, o comunismo, a ideologia de gênero, a legalização das drogas e o aborto.

Segundo organizadores do evento, cerca de 700 mil pessoas compareceram à manifestação. Aliados do ex-presidente também estavam presentes. Além do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), compareceram o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União) e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (Progressistas).