Defesa de Daniel Silveira paga fiança de R$ 100 mil; audiência de custódia está prevista para esta sexta

Polícia Federal afirma que deputado tentou fugir pulando o muro de casa.

A defesa do deputado federal Daniel Silveira (PSL), preso nesta quinta-feira (24) em Petrópolis, apresentou no fim da manhã desta sexta (25) o recibo do pagamento da fiança de R$ 100 mil, estipulada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Moraes expediu o mandado de prisão do parlamentar por desrespeito ao uso da tornozeleira eletrônica. Segundo apontou a Procuradoria-Geral da República (PGR), houve ao menos 30 violações no equipamento.

Estava prevista para esta sexta a audiência de custódia do parlamentar. A defesa pleiteará a prisão domiciliar, mas desta vez em Brasília.

 

Tentativa de fuga

 

Silveira tentou fugir quando percebeu que os policiais chegavam à sua casa.

O colunista Octavio Guedes informou em seu blog que, segundo os agentes federais que cumpriam o mandado de prisão, o deputado pulou o muro de sua casa, mas se deparou com outra equipe e se entregou.

A defesa do deputado disse que Daniel Silveira é um “preso político”. “Seu caso já passou da hora de ser tratado nos organismos internacionais de defesa aos direitos humanos. Ele é um preso político e assim deve ser tratado”, diz a nota do advogado André Rios.

 

A primeira prisão

 

O deputado foi preso em fevereiro em razão de um vídeo em que fez apologia ao AI-5, instrumento de repressão mais duro da ditadura militar, e pediu a destituição de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Daniel Silveira também é alvo de processo disciplinar no Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que pode levar à cassação do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) em razão do vídeo.

O processo que tramita no Conselho é baseado em sete representações diferentes.

Uma dessas representações foi apresentada pela Mesa Diretora da Câmara, encabeçada pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

Outras seis, de autoria dos partidos PSOL, PT, PSB, PDT, PCdoB, Rede e Podemos, foram unificadas à representação da Mesa, já que tratam do mesmo assunto.

com informações G1