Uso de equipamentos de bronzeamento artificial com finalidade estética é proibido pela Anvisa desde 2009.
Queimaduras na pela da DJ Danny Albuquerque após procedimento de bronzeamento artificial — Foto: Danny Albuquerque/ Divulgação
Por: Erica Cristina
A DJ Danny Albuquerque, de 24 anos, sofreu queimaduras de segundo grau após se submeter a um procedimento de bronzeamento artificial em Itabira, na Região Central de Minas Gerais. Ela compartilhou imagens dos ferimentos nas redes sociais.
Danny aceitou o convite para ser modelo de um espaço de bronzeamento, sem saber que o uso de equipamentos de bronzeamento artificial, com finalidade estética, é proibido pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil desde 2009.
“Foi a primeira vez que fiz bronzeamento em cabine na vida (…) Na primeira sessão, deu tudo certo. Na segunda, minha mãe também foi comigo. Na segunda que deu problema. Aconteceu isso comigo, com a minha mãe, com algumas outras meninas também”, disse a DJ.
Dj Danny teve queimaduras de segundo e terceiro graus pelo corpo após procedimento — Foto: Reprodução/Redes Sociais
Segundo ela, as lesões começaram a aparecer dois dias depois do procedimento, realizado no dia 3 de agosto. Ela ainda teve confusão mental, dor de cabeça, náuseas e febre.
“Fiquei em estado de choque, sentindo muita dor. Demorei duas semanas para começar a entender o que estava acontecendo”, falou.
Queimaduras na pele da DJ Danny Albuquerque após procedimento de bronzeamento artificial — Foto: Danny Albuquerque/ Divulgação
Danny afirmou que segue psicologicamente abalada. Ela ainda enfrenta o processo de cicatrização e tem perdido muitas oportunidades de trabalho.
A DJ registrou um boletim de ocorrência e tem mantido contato com os responsáveis pela clínica para o ressarcimento dos gastos com o tratamento. Eles pagaram a primeira consulta com dermatologista e os medicamentos e pomadas indicados.
Danny disse que resolveu contar a história nas redes sociais para alertar as pessoas sobre os riscos do bronzeamento artificial.
“Me senti no papel de alertar, porque tinha ido nas redes sociais falar que aquilo era seguro. Eu tinha uma responsabilidade com meu público”, contou.
A reportagem tentou contato com os responsáveis pelo espaço de bronzeamento D***, mas não obteve retorno até a última atualização desta reportagem.
Procedimento proibido
Uma resolução da Anvisa proíbe, desde 2009, a importação, o aluguel, a comercialização e o uso de equipamentos para bronzeamento artificial, com finalidade estética, baseados na emissão de radiação ultravioleta.
Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia, esses equipamentos causam efeitos nocivos à saúde, inclusive o aumento do risco de câncer da pele, e favorecem o desenvolvimento irreversível de manchas escuras e rugas e o ressecamento da pele.
As informações são do G1