Até hoje, Gleice Kelly da Silva, de 24 anos, tenta entender por que os médicos precisaram amputar sua mão e o punho. Cremerj abriu sindicância para investigar o caso.
Mulher é internada para dar à luz e tem mão e punho amputados no Rio de Janeiro — Foto: Reprodução/ TV Globo
A mulher que teve a mão amputada depois de dar à luz vai se encontrar, nesta quarta-feira (18), com uma representante do Hospital da Mulher Intermédica de Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio, para entender o que aconteceu no centro cirúrgico. O parto ocorreu em outubro de 2022.
A amputação não tem relação direta com o parto, mas com uma complicação que aconteceu após o procedimento. Gleice Kelly da Silva, de 24 anos, teve uma hemorragia por inversão uterina e recebeu um acesso na mão esquerda para receber medicação na veia.
Com o problema, ela chegou a ser transferida para outra unidade da mesma rede, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.
Esse acesso teria dado algum tipo de complicação — não explicada pelo hospital — que levou o membro a ficar inchado e roxo e ser amputado seis dias depois, no dia 16 de outubro.
A paciente fez exame de corpo de delito na segunda (16). A polícia pediu que a advogada da paciente levasse o prontuário para anexar o exame no inquérito.
A mãe só conheceu o bebê, que nasceu com mais de 3 kg, mais de 15 dias após o nascimento.
Na terça-feira (17), o Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) informou que abriu uma sindicância para apurar o caso.
Até hoje, a jovem e sua família não sabem que complicação foi essa, se ela poderia ter sido evitada e por que a família não foi informada desde o início.
O caso foi registrado na 41ª DP (Tanque) como lesão corporal. A Polícia Civil finaliza o laudo do corpo de delito da jovem e pediu documentos para a unidade de saúde.
Mulher busca respostas sobre amputação da mão esquerda durante internação para ter bebê — Foto: Reprodução/ TV Globo