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Pesquisa revela que o uso de suplementos de vitamina D sem prescrição pode causar danos

Segundo o levantamento, adultos saudáveis na faixa de 19 a 74 anos não têm necessidade de usar o suplemento; veja quem deve tomar

Endocrine Society aponta que a reposição na população de 1 a 18 anos é benéfica

O suplemento de vitamina D passa a ser indicado apenas a grupos específicos. Isso é o que indica a Endocrine Society, entidade que representa a classe da endocrinologia internacionalmente, que atualizou as recomendações, estabelecendo os grupos indicados e como os usos desnecessários podem ser nocivos.

De acordo com reportagem da Veja publicada na sexta-feira (28), as pesquisas que chegaram às novas conclusões duraram cerca de quatro anos. “A revisão da literatura informa não fazer sentido recorrer a cápsulas e gotas para prevenir doenças entre adultos saudáveis”, disse a endocrinologista Marise Lazaretti-Castro, professora da Unifesp, uma das autoras do documento.

Os pesquisadores identificaram um excesso na solicitação de exames para checar os níveis da substância no sangue. Isso aconteceu após a onda de covid-19, quando a vitamina D integrou coquetéis para imunidade e kits de tratamento precoce — sem qualquer comprovação. Não por acaso, segundo a reportagem, as vendas dobraram entre 2020 e 2022.

Por outro lado, a Endocrine Society aponta que a reposição na população de 1 a 18 anos é benéfica para evitar o raquitismo e até mesmo minimizar o risco de infecções respiratórias.

“A diretriz reforça que alguns grupos devem tomar a vitamina D em doses baixas e diárias sem a necessidade de dosá-la no sangue”, afirmou o endocrinologista Sérgio Maeda, presidente da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso). A orientação se destina, também, a idosos acima de 75 anos, as gestantes e a indivíduos com pré-diabete em risco de evoluir para a doença em si.

Conforme a pesquisa, adultos saudáveis na faixa de 19 a 74 anos não têm necessidade de fazer uso de suplemento. A utilização sem critério e em altas doses oferece ameaças à saúde, causando intoxicações, pedras nos rins, convulsões, arritmia e insuficiência renal.

Com informações da Itatiaia

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