Além dele, outros 14 policiais militares foram detidos na operação desta quinta (16) realizada pela Corregedoria da corporação; o mandante do crime ainda não foi identificado

Um policial militar, que não teve a identidade revelada, foi preso em uma ação da Corregedoria da PM de São Paulo nesta quinta-feira (16), suspeito de ser um dos atiradores que executaram o delator do PCC Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, no Aeroporto de Guarulhos (SP), em novembro do ano passado. Além dele, outros 14 PMs também foram detidos, por fazerem a escolta irregular de Gritzbach.
O suspeito de ser o autor dos disparos foi identificado através de um trabalho de inteligência e reconhecimento facial. Ele está sob custódia, prestará depoimento e será transferido para o Presídio Romão Gomes.
Clique no botão para entrar na comunidade do Só Notícias Online no Whatsapp
Ainda não se sabe quem foram os mandantes da execução de Antonio Vinicius Lopes Gritzbach, mas as prisões ocorridas nesta quinta-feira (16) em uma ação da Corregedoria da Polícia Militar de São Paulo são primordiais para chegar até eles. Foi o que informou em coletiva de imprensa o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.
As investigações começaram em abril do ano passado, através de uma denúncia anônima feita na Corregedoria da PM de que policiais militares estariam fazendo escolta para Gritzbach, o que é proibido pela corporação.
De acordo com Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento Estadual de Homicídios e Proteção à Pessoa), já se sabe que o crime foi encomendado pelo PCC, mas há duas linhas de investigação sobre de onde teria partido a ordem para a execução.
Gritzbach era acusado de envolvimento em esquemas de lavagem de dinheiro para a facção criminosa. Na delação premiada assinada com o Ministério Público, ele entregou o nome de pessoas ligadas ao PCC e também acusou policiais de corrupção.
Além das prisões preventivas, foram cumpridos 7 mandados de busca e apreensão. Todo material será analisado. De acordo com o secretário de Segurança, Guilherme Derrite, desvios de conduta não serão tolerados, e que material genético dos presos será analisado com o que foi aprendido no local do crime.
“Temos materiais genéticos coletados e agora nós vamos coletar os indivíduos que foram presos. E agora sim, eu não sei se todos sabem, talvez a população que nos assiste não saiba, mas para realizar um exame de comparação genética no laboratório da Polícia Técnico-Científica em São Paulo, eu preciso ter o material coletado e as possíveis, os possíveis suspeitos. Como nós temos a prisão temporária de um indivíduo apontado como atirador, comprovado inclusive, agora vamos coletar o material genético e comparar com o material genético coletado no dia do assassinato. E tudo nos leva a saber que será positivo e aí essa prisão temporária pode ser convertida em prisão preventiva”, detalhou Derrite.
Em dezembro, quatro policiais civis já tinham sido presos acusados de atuar para o PCC. Depois, um quinto policial que estava foragido se entregou.
Olheiro foragido
Kauê do Amaral Coelho, de 23 anos, apontado como o responsável por alertar os atiradores sobre a chegada de Gritzbach ao Aeroporto de Guarulhos no momento da execução, permanece foragido. De acordo com o DHPP, Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa, ele estaria escondido no Rio de Janeiro, no Complexo do Alemão. Novos depoimentos serão tomados ao longo dos próximos dias para tentar prendê-lo.
Com informações da Itatiaia