Investigações confirmaram que houve feminicídio seguido de suicídio.
A Polícia Civil concluiu o inquérito sobre a morte da influenciadora digital e cantora Lívvia Bicalho, de 37 anos, e do namorado dela, Rafael Ribeiro, de 39, em João Monlevade, na Região Central de Minas Gerais.
Segundo a corporação, as investigações confirmaram que houve feminicídio seguido de suicídio: Rafael matou a mulher a tiros e se matou em seguida.
O crime foi registrado no dia 21 de abril, em um apartamento no bairro JK. A Polícia Militar (PM) foi acionada por testemunhas que ouviram barulhos de tiro após uma briga do casal. Quando os militares chegaram ao local, os dois estavam mortos, e o homem carregava um revólver calibre 38 em uma das mãos. O inquérito policial foi remetido à Justiça em 26 de maio.
Menos de duas horas antes de ser encontrada morta, Lívvia chegou a acionar a PM. Na manhã do dia 21 de abril, ela ligou para o 190 e disse que queria fazer uma denúncia contra o ex-namorado. Segundo o boletim de ocorrência, a mulher “apresentou dificuldades em falar por estar chorando bastante”.
Ela foi orientada a ir até o quartel da polícia. Lá, os militares ligaram para a filha da influenciadora, de 19 anos, que afirmou que a mãe estava “sendo perseguida” por Rafael.
Lívvia e Rafael na última foto que ela postou junto com ele, no dia 4 de março — Foto: Reprodução / Instagram
Lívvia contou aos policiais que “tinha medo de retornar até a casa para pegar suas coisas, já que ele teria dado um prazo de 45 horas para que ela retirasse tudo“. Eles se ofereceram para acompanhá-la, mas ela respondeu que iria para a casa de uma amiga.
Mais tarde, a PM voltou a ser acionada, desta vez com a denúncia de que dois estampidos de arma de fogo tinham sido ouvidos. Chegando ao local, os militares encontraram o casal já sem vida.
Um dia antes do crime, a vítima conversou com um ex-namorado por telefone e relatou que estava sendo ameaçada por Rafael e que tinha terminado o relacionamento com ele.
A polícia, então, foi até a casa de Rafael para saber a versão dele sobre os fatos, mas a mulher também estava no apartamento. Os militares perguntaram ao homem se ela poderia retirar os próprios pertences, e ele disse que sim.
com informações G1