A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) apresentou, nesta segunda-feira (18/11), os avanços na investigação sobre os atos de violência registrados durante a partida entre Atlético-MG e Flamengo, pela final da Copa do Brasil, no dia 10 de novembro, na Arena MRV, em Belo Horizonte. Durante a coletiva de imprensa, realizada na sede do Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), foi destacado o trabalho da PCMG, que resultou na prisão temporária de um homem, de 24 anos, suspeito de arremessar uma bomba que atingiu o fotojornalista Nuremberg José Maria.
Imagens de mais de 300 câmeras internas da Arena MRV permitiram identificar o trajeto do suspeito e o momento exato do arremesso do artefato explosivo. O vice-governador de Minas Gerais, Professor Mateus, que participou da coletiva, ressaltou o compromisso com a segurança pública. “Aqui, não toleramos nenhum tipo de violência que coloque o nosso povo em risco”, afirmou.
As imagens analisadas também incluem gravações de seis câmeras da carreta do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que monitorou a movimentação de torcedores no entorno do estádio no dia do jogo.
Investigação e segurança
A PCMG e a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) vêm atuando de forma integrada desde o dia do incidente, esforço conjunto que culminou na prisão de seis pessoas e na condução de outras 25 para apuração dos fatos. Entre os presos estão suspeitos de crimes cometidos não apenas na Arena MRV, mas também em ocorrências registradas no dia anterior e após a partida.
O vice-governador elogiou o trabalho da Polícia Civil e reforçou o compromisso com a segurança nos estádios. “Foi um trabalho incansável, mas que não terminou. A investigação vai continuar até encontrarmos todas as pessoas que participaram da baderna”, destacou. Ele também anunciou que, para os grandes jogos previstos para 2024, será implementado um planejamento de segurança que inclui a atuação do Batalhão de Choque da PMMG dentro dos estádios, com apoio da Cavalaria e do Policiamento Ostensivo com Cães.
O suspeito de arremessar a bomba pode responder pelo crime de homicídio tentado. A PCMG segue empenhada na identificação de outros envolvidos e na apuração completa dos fatos.